sexta-feira, 26 de abril de 2013

Sorvetes Probióticos

Iogurtes que regulam o funcionamento do intestino já são velhos conhecidos dos brasileiros. Agora, a tecnologia de alimentos investe em métodos inovadores de elaborar comidas gostosas, como o sorvete, para que elas façam bem para a saúde.
Um sorvete feito com leite fermentado e com microrganismos probióticos em sua composição foi desenvolvido, na  Universidade Federal da Bahia, pela pesquisadora Priscilla Pereira, com intuito de regular o funcionamento do intestino, estimular o sistema imunológico e suprir as vontades de doces , porém com pouca gordura.
O sorvete contém Lactobacillus acidophilus. Esses probióticos são microrganismos vivos, como bactérias ou leveduras, que fazem bem quando ingeridos em uma quantidade adequada. Os probióticos permanecem vivos no organismo de um ser humano mesmo após passar pelo sistema digestivo. Por chegarem vivos ao intestino, eles podem trazer vários benefícios.
Alimentos probióticos são bons não apenas para regular o funcionamento do intestino. Quem consome esse tipo de comida pode sentir alívio nos sintomas da intolerância a lactose, por exemplo. Esses microrganismos vivos também podem ajudar na redução do colesterol, na prevenção de cáries e até contra doenças de pele. 
Já é costume das farmácias vender esse tipo de microrganismo em sachês, cápsulas ou em pó, por exemplo. A diferença entre os alimentos e os remédios está no tempo de vida dos microrganismos. Os probióticos vivem menos nos alimentos. Por isso, a comida deve ser muito bem refrigerada para aumentar a vida dos microrganismos.
O consumo dos probióticos é muito mais prazeroso e saboroso quando é feito por meio de um alimento, e não de um remédio. O consumo de probióticos por uma criança ou idoso é mais fácil quando o microrganismo está em uma comida gostosa, e não em um medicamento.
O Brasil começou a investir neste segmento, mas os números ainda não são expressivos. Explorar esse campo da indústria de alimentos tem sido uma tarefa lenta no país. Apesar disso, o mercado continua em expansão para esses produtos e é provável que nos próximos anos esses números tenham um crescimento significativo no mercado brasileiro. Uma explicação para ter mais alimentos probióticos em outros países do que no Brasil é que o país começou a investir nesse tipo de produto muito tarde. A falta de apoio do governo em novas tecnologias e patentes para produção de alimentos probióticos prejudica o desenvolvimento de pesquisas e projetos.
Fonte: info.abril.com.br